Francesca Woodman
sexta-feira, 31 de julho de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
been thinking about you
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Radiohead
terça-feira, 28 de julho de 2009
dose de fatia de doce todos os dias.
Dá-me um bocadinho do teu amor todos os dias
Não mo dês todo hoje que amanhã vou precisar dele outra vez
eu sei conheço-me bem
e nesse aspecto sou exactamente como o resto da humanidade
preciso de ser amado todos os dias
só espero não morrer muito velhinho para que o teu amor me
dure até ao fim da vida
in "o cheiro da sombra das flores" de João Negreiros
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João Negreiros
segunda-feira, 27 de julho de 2009
acordo tarde e fico sempre preso ao silêncio
© Paulo Alves | 2009
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sábado, 25 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
(fingir) seguir em frente.
a ausência continua a ser cruel,
o silêncio uma ignomínia.
Descemos à rua,
bebemos café,
fingimos seguir em frente.
José Mário Silva
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José Mário Silva
quarta-feira, 22 de julho de 2009
não me dá jeito lembrar-te assim.
© Paulo Alves | 2009
fixo-te para que demores ainda mais um momento.
mas, sabes, não me dá jeito lembrar-te assim.
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segunda-feira, 20 de julho de 2009
o que há em mim é sobretudo cansaço.
© Paulo Alves | 2009
Álvaro de Campos
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sábado, 18 de julho de 2009
sexta-feira, 17 de julho de 2009
eu sei exactamente o que é o amor.
© Paulo Alves | 2009
fico admirado quando alguém, por acaso e quase sempre
sem motivo, me diz que não sabe o que é o amor.
eu sei exactamente o que é o amor. o amor é saber
que existe uma parte de nós que deixou de nos pertencer.
o amor é saber que vamos perdoar tudo a essa parte
de nós que não é nossa. o amor é sermos fracos.
o amor é ter medo e querer morrer.
José Luís Peixoto
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José Luís Peixoto
quinta-feira, 16 de julho de 2009
e aquela sensação de que nunca mais voltarás.
© Paulo Alves | 2009
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terça-feira, 14 de julho de 2009
que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti eu criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas."
Sophia de Mello Breyner Andresen
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Sophia de Mello Breyner Andresen
domingo, 12 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
tu aceleras o passo. eu, o pulso.
© Paulo Alves | 2009
vê como fecho as pálpebras fatigadas sobre as minhas retinas laceradas.
vê como resvalo para o inconsciente, pouco a pouco.
e se penso em parar é mais um pensamento que fica no ar.
preferia outro verão.
ouve-me.
(tu aceleras o passo.
eu, o pulso.)
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quinta-feira, 9 de julho de 2009
só te vejo pelos meus olhos por serem os que te vêem mais bela.
para te ver melhor o rosto que me enche de bravura
e só te vejo pelos meus olhos por serem os que te vêem mais bela
por isso os escolho sempre
tenho os olhos feitos à medida da tua cara
e só tenho olhos para ti
quando não estás sou invisível e quase invisual
a visão não me serve de nada
vejo mas sem cor e é pior que a preto e branco
é desfocado
é esbatido
e sem chama
e sem cheiro
contigo cheira bem
sabe bem
ouve bem o que digo porque é sincero porque se não fosse todo eu era falso
cada falso que há aí merecia cadeia ou morte
mas com os teus braços finos a fazer as vezes da corda que me serpenteia o pescoço
para me matar de felicidade
e só te quero a ti
e só te vejo a ti como a última noite do Verão mais quente
com o céu mais estrelado
com a lua mais cúmplice
com os gestos mais carinhosos
e tiro-te o cabelo da frente com a ajuda da minha mão direita que só existe para isso
e vou para te beijar mas não o faço
hesito porque os meus olhos pediram-me que os deixasse olhar para ti mais uma vez
e eu deixo para eles não chorarem muito
João Negreiros in “a verdade dói e pode estar errada”
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João Negreiros
terça-feira, 7 de julho de 2009
eu e tu somos particulares.
© Paulo Alves | 2009
e, agora, inamovíveis.
a par da necessidade da extorsão
resta-me este entretém: a prosa.
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segunda-feira, 6 de julho de 2009
comove-me a dor da despedida.
© Paulo Alves | 2009
comove-me a dor da despedida,
mas estou cansado de todas as palavras.
sinto que largaste a minha mão,
vejo que o teu vulto separa-se do meu,
sei que escolheste dobrar o caminho.
sem uma palavra,
sem um som,
abraço-te por dentro.
a minha alma ainda estava povoada de tantos sonhos.
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sábado, 4 de julho de 2009
sexta-feira, 3 de julho de 2009
quarta-feira, 1 de julho de 2009
quem me dera, quem nos dera ter morrido nesse dia.
Todo o amor que nos prendera
Como se fora de cera
Se quebrava e desfazia.
Ai funesta primavera,
Quem me dera, quem nos dera
Ter morrido nesse dia.
E condenaram-me a tanto,
Viver comigo o meu pranto,
Viver, e viver sem ti,
Vivendo sem no entanto
Eu me esquecer desse encanto
Que nesse dia perdi.
Pão duro da solidão
somente o que nos dão a comer.
Que importa que o coração
Diga que sim ou que não
Se continua a viver.
Todo o amor que nos prendera
Se quebrara e desfizera,
Em pavor se convertia.
Ninguém fale em primavera,
Quem me dera, quem nos dera
Ter morrido nesse dia.
Amália Rodrigues ( poema de David Mourão-Ferreira)
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